organizando os ingredientes

Este blog é escrito por Roberta Dutra. Nasci em Belém do Pará e passei maior parte da vida no Ceará, me mudei algumas vezes, viajei pelo mundo outras tantas e atualmente moro em Santa Catarina. Cresci em família grande, com muitos primos, primas, tios, tias e mais uns tantos agregados das mais variadas espécies. Tive uma infância plena e feliz e hoje, embora seguindo feliz, sofro muito de saudade. Registro aqui algumas impressões peculiares sobre a vida e seus desdobramentos, sobre o cotidiano e alguns tantos textos escritos para algumas pessoas em particular que exerceram e ainda exercem grande influência na minha vida, além de fazerem parte das minhas melhores lembranças, é claro! Não tenho grandes pretenções literárias, gramaticais nem sequer ortográficas, mas escrevo com muito amor, que é o que todo mundo precisa. Resumindo, mantenho o blog como meio de comunicação entre amigos e famíla distante e possíveis interessados. Entre e fique a vontade...

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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Quereres

Saudade, palavra triste quando se perde o convivio com pessoas queridas. Esses dias me bateu uma saudade enoooooooooorme! Me peguei olhando umas fotos e o que eu vi me pareceu tão real que quase pude revivê-las. Foram tantas fotos que deu saudade de falar com meus quereres, de abraçar, de rir um monte, de rir por nada, de tomar uma gelada no colher de pau, do cinema de arte do dragão, dos mucuras infindos, do frescoball na praia, das festinhas lá em casa, das tequilas, das corridinhas da beira mar, de tomar um côco gelado...

Ahhh como queria Fortaleza agora e queria tb ter ido no chá de fraldas da Carlinha... =/ mas não deu...

Vendo essas fotos vejo como tudo foi sempre muito legal e cheio de vida e me conforta saber que mesmo com a distância e mesmo com todos nossos perrengues do dia a dia a amizade continua... aiii quase chorando a minha dor e me aliviando com meus tristes ais!!! São prantos de dor que dos olhos caem porque bem sei, quem eu tanto amei e amo não verei; e me agonia a possibilidade de dizer a palavra jamais... Sou da teoria de que passado não se nega e nem se esconde, nem muito menos se tenta ou consegue esquecer, ainda mais se for um passado tão bom e tão agradavelmente saudoso.

É engraçado e quase irônico como as vezes tudo me faz lembrá-las. As coisas que antes passavam desapercebidas passam a sobresair-se e o que antes achava pequeno passa a ser grande e um tanto mais nítido. Ultimamente ando vendo dezenas de jovens mamães nas ruas passeando com seus bebês – não que não as visse antes ou que não existissem, mas simplesmente as ignorava por pura falta de atenção - e me dói o fato de não puder acompanhar de perto a gestação da primeira filha de amiga muito próxima. E me dói com igual intensidade não poder abraçar a Nath quando ela sente falta da irmã distante ou quando eu sinto falta do meu caçula. Tenho prestado bastante atenção nas cores que eu não sei o nome, como diria Adriana (a Calcanhoto) – cores de Frida Khalo e Almodolvar, e venho dando crédito as borboletas do jardim que vagam tristes por sobre as flores quase que implorando por carinho e um pouco de amor.

Ontem tomei duas garrafas de Casal Garcia – o vinho verde preferido da Nath - em casa, em plena segunda feira, vendo apocalipse now, cantando Suzie Q e comendo chocolates finos e amargos... e só não liguei pra dizer que a amava pq ja era alta madrugada. Tenho certeza de que se estivesse do meu lado dariamos umas boas risadas, conversariamos sobre uns tantos assuntos interessantes ou não, de amores, de futuro e de tudo mais que nos soasse amistoso.

Recentemente uma criança me perguntou qual tinha sido o dia mais feliz da minha vida e eu outrossim me questionei what a difference a day made? 24 little hours... Demorei um tanto pra responder e não cheguei a nenhuma conclusão que apontasse a uma data especifica. Presumo que se a pergunta tivesse sido feita pelo meu pai eu responderia que no dia em que fui mais feliz eu vi um avião se espelhar no seu olhar até sumir. De lá pra cá não sei, caminho ao longo da estrada, faço longas cartas pra ninguém e o inverno aqui é quase glacial. A propósito, há algo que jamais se esclareceu, onde foi exatamente que larguei naquele dia mesmo o leão que sempre cavalguei? Onde ficaram nosso urros conjuntos de coragem? Passei a temer mais o que a tampouco me parecia inofensivo? Medo, uma força que as vezes me impede de ir além... embora prefira o imperfeito e o inacabado.

Lembrando-me deste mesmo dia que insiste em se repetir como um deja-vu, esqueci que o destino sempre me quis só, no deserto sem saudade, sem remorso só, sem amarras, barco embriagado ao mar. Não sei o que em mim só quer me lembrar que um dia o céu reuniu-se à terra. Um instante por nós dois?

Sigo passeando pelo escuro e prestando muita atenção no que ouço, querendo chegar antes pra prenunciar o estar de cada coisa e volto a questão na métrica e rima e nunca dor. Sigo divertindo as pessoas e chorando ao telefone. Enfim, vendo tudo enquadrado...

Ando pelo mundo e meus amigos, cadê? Alegria e cansaço. E ninguém em casa pra conversar. Sigo no questionamento do “what a difference a day made?” e chego a conclusão de que “the difference is you – all my friends and family”. Afinal de contas depois de experimentar amores descabidos e despretenciosos e simplesmente incondicionais destes que considero meus poucos amigos e família, pra que saber que horas são?

5 comentários:

  1. Ai que linda!!!!!!!!! Que história é esta de estar fadada a viver na solidão hein??? Conversa amiga... nunca se está sozinho quando se tem pessoas queridas no coração!! V. nem imagina como me sinto grande no mundo ao pensar que vc sempre pensa em mim e nas nossas comédias juntas... a recíproca é verdadeira. Vc é especial e sempre está nas lembranças e ontem mesmo eu pensei que seria tão legal dividir um ap c vc... já pensei até assim, era só dizer, a gente só precisa respeitar o espaço uma da outra e limpeza é essencial, pronto, taa tudo resolvido!!! Quem sabe, one day... you never know!!! Amo você e a sua amizade!! Fique sempre bem, whatever!!!!!! What a difference a day makes? Tomara que a gente nunca precise saber desta resposta!!!! Bjkas!!!!!

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  2. putz cara, pensei nisso dia desses, mais precisamente no dia q passamos horas no cel, antes da tua viagem p usa. aquele papo de jogar pro alto e tentar de novo em outro lugar... eu ia ficar muito feliz dividindo um ap com vc, aqui, ai ou em qq outro lugar do mundo. e qto a regra da limpeza... relaxa, nada como morar completely alone e distante da mae p aprender a se virar... to uma dona de casa. uma dona de casa muito chique! diga-se de passagem! com direito a vinhos e chocolates finos no meio da semana! hehehehehehehe
    acho q nao teriamos problemas qto a espaco, na real acho q soh teriamos solucoes... andei ate me informando sobre o mercado de advocacia por aqui e vai rolar construcao de estaleiros, alguma coisa da petrobras... dai pensei... tu ja trabalha em multinacional coordenando o juridico todo... pq nao aqui? pq nao em uma empresa talvez maior? ou pelo menos diferente?
    por um momento fiquei tao feliz com a ideia q tropecei na calcada... qdo olhei tinha um cara rindo da minha cara... devita ta falando soh e em voz alta... normal! hehehehehe
    amo-te! mt, imwnsamente e pra sempre!

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  3. Amiga, a solidão é só física (embora eu saiba que ele pese bastante) mas teu coração tá cheinho de gente e tu tá num monte de corações, portanto, estamos juntas sempre.
    Amo-te.
    Bjinhos

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  4. Ei, vou te mandar o meu CV!!!!!!!!! :p

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  5. manda q eu distribuo por aki d+...
    mas ja fiz alguns planos de futuro proximo e dentro de 2 anos, 2 anos e meio devo ta indo morar no Rio, quero virar magnata do Petroleo... dai vamos juntas! pq nao? rio 40 graus, cidade maravilha purgatorio da beleza e do caos... acho q seria legal dar um tempo solteira no rio de janeiro, parada em cada canto e solta em qq lugar... acordei com espirito aventureiro hj e toda saudosa do rio...

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