organizando os ingredientes

Este blog é escrito por Roberta Dutra. Nasci em Belém do Pará e passei maior parte da vida no Ceará, me mudei algumas vezes, viajei pelo mundo outras tantas e atualmente moro em Santa Catarina. Cresci em família grande, com muitos primos, primas, tios, tias e mais uns tantos agregados das mais variadas espécies. Tive uma infância plena e feliz e hoje, embora seguindo feliz, sofro muito de saudade. Registro aqui algumas impressões peculiares sobre a vida e seus desdobramentos, sobre o cotidiano e alguns tantos textos escritos para algumas pessoas em particular que exerceram e ainda exercem grande influência na minha vida, além de fazerem parte das minhas melhores lembranças, é claro! Não tenho grandes pretenções literárias, gramaticais nem sequer ortográficas, mas escrevo com muito amor, que é o que todo mundo precisa. Resumindo, mantenho o blog como meio de comunicação entre amigos e famíla distante e possíveis interessados. Entre e fique a vontade...

be my guest!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Porque era ela, porque era eu


Pra minha Xuxu...

Well, por problemas tecnicos, operacionais e mentais completamente meus, o grande bouquet de flores amarelas nao chegaram a tempo... e na verdade tambem nao chegarao mais. Enfim, minha culpa, minha maxima culpa!

Posto isso, tenho obrigacao de postar pelo menos o que estaria escrito no cartao de aniversario... 


Como tenho problemas de contencao e realmente nao consigo escrever pouco, pelo menos nada que caiba em um unico cartao - (deviam inventar cartoes de aniversario com espaco de 1.5 x 1.8m pra gente poder se expressar sem restricoes... detesto cartoes pequenos limitando minhas palavras, alias, detesto limitacoes!!! pronto! falei!) - procurei as palavras daquele que realmente nos entende, e nosso Chico como sempre resolveu meu problema. Nao sei o que seria de mim sem ele, sem o discernimento que lhe eh comum e sem a sua peculiar capacidade de transcrever em palavras o que nao conseguimos expressar... aiii, amo Chico! E ela tb!

E sem mais delongas, segue o texto do cartão:


"Eu não sabia explicar nós dois
Ela mais eu
Porque eu e ela
Não conhecia poemas
Nem muitas palavras belas
Mas ela foi me levando pela mão
Íamos todos os dois
Assim ao léo
Ríamos, choravamos sem razão
Hoje lembrando-me dela
Me vendo nos olhos dela
Sei que o que tinha de ser se deu
Porque era ela
Porque era eu"


Arrrhhhh, ja comecei a chorar... puta merda! To no meio do escritorio chorando em pleno horario comercial... =/

Queria tanto ter estado ai, ter ido pra Candinde contigo pagar promessa pro Santo e refazer as juras e rezar de joelhos e comprar terco e santinho pra distribuir p galera e morrer de rir e morrer de chorar de tanto rir e rir das promessas e dos motivos dessas promessas e de como as pagamos e de tantas outras coisas. Queria subir a pe a ladeira enooorme pra ver a imagem do Santo. Assistir a primeira missa naquela igreja linda e que ja deve estar com a reforma concluida, acender aquela vela no pe do altar, comer buxada de bode e tomar uma cerveja estupidamente gelada no boteco em frente a pracinha...

Comecei a confabular e me deu uma subita saudade do teu pai, e do meu... achei que ia ser muito legal se essa cena tivesse acontecido e o tio Praciano estivesse do lado, e o Ze Antoin do outro... acho que dariamos umas boas risadas, e se duvidar, ainda descolariamos uns bons cavalos pra participar da romaria. E seria ainda melhor se na trupe tambem tivesse nossos amados irmaos que sao tao parte de nos... o cabecao, o leitao e o negu, se bem que pensando melhor viraria bagunca...

Lembrei da ultima vez que desembarquei em Fortaleza, no meio da madrugada, podre de cansada depois de trocentas conexoes, e a primeira coisa que falei imperativamente quando entrei em casa foi: "Pai, descola uns cavalos e vamos a Caninde agradecer! O santinho precisa saber que eu to longe mas nao esqueci dele!"  risos...

Aqui por essas bandas nao tem romarias, nem festas juninas, nem roda de viola... por aqui nao se ve bandeirolas, fogueiras, fogos pro Santo... por aqui ainda nao vi nenhuma grande manifestacao de fe, por aqui nao se agradece a chuva, nao se pede piedade pro povo, nao se acende vela nem se joga flores pro orixa... deve ser porque os ventos que sopram por ai nao sopram ca... por aqui eh tudo muito verde e prospero... deve ser por isso que esqueceram de agradecer...

Sigo agradecendo, agradecendo e pedindo clemencia. Peco sempre pela saude dos nossos pais, por juizo pros nossos irmaos, por prosperidade pros que sao da terrinha, por sabedoria e discernimento e por forca, muita forca pra aguentar a saudade, mesmo sabendo que por mais que demore eu sempre voltarei. E rezo mais ainda pra que a distante nao me afaste dos meus amigos, nem da minha origem e nem de tudo que eu considero de valor... e pra que as minhas lembrancas nunca caiam no esquecimento. E principalmente, pra que a chuva e a fartura que ela traz nao me faca esquecer dos tempos de seca e de mansidao que me foram peculiar.

Enfim, como diria Fagner: "na despedida fez um dia lindo, quem sabe tudo estara sorrindo quando eu voltar..."

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Oktoooooober


treinando para cantar com meus amigos germanicos na Oktober...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
adoooooooooooro!
 
Trinca mais não trepa
Trinca mais não trepa
La lara la ra laia
To do sapo pula
Só o saponete no
To do cachorro late
Só o cachorro quente no
Todo bode berra
Só o bodegueiro no
Toda pata choca
Só a patatinha no
Ó Suzana
Essa vida é tão bonita Estribilho
Ó Suzana
Tu também és tão bonita

Todo aço queima
Só o açolejo no
Toda massa cresce
Só a massaneta no
Todo tipo eu gosto
Só o tiputado no
Toda língua fala
Só a lingoíça no

Toda vaca muge
Só a vacalume no
Toda pêra é fruta
Só a perereca no
Toda mão tem filho
Só a mãonhonese no
Todo amor é lindo
Só amordedura


meu... hj é sexta e depois de quase morrer de rir... tive que postar!!!