Posto isso, tenho obrigacao de postar pelo menos o que estaria escrito no cartao de aniversario...
Como tenho problemas de contencao e realmente nao consigo escrever pouco, pelo menos nada que caiba em um unico cartao - (deviam inventar cartoes de aniversario com espaco de 1.5 x 1.8m pra gente poder se expressar sem restricoes... detesto cartoes pequenos limitando minhas palavras, alias, detesto limitacoes!!! pronto! falei!) - procurei as palavras daquele que realmente nos entende, e nosso Chico como sempre resolveu meu problema. Nao sei o que seria de mim sem ele, sem o discernimento que lhe eh comum e sem a sua peculiar capacidade de transcrever em palavras o que nao conseguimos expressar... aiii, amo Chico! E ela tb!
E sem mais delongas, segue o texto do cartão:
"Eu não sabia explicar nós dois
Ela mais eu
Porque eu e ela
Não conhecia poemas
Nem muitas palavras belas
Mas ela foi me levando pela mão
Íamos todos os dois
Assim ao léo
Ríamos, choravamos sem razão
Hoje lembrando-me dela
Me vendo nos olhos dela
Sei que o que tinha de ser se deu
Porque era ela
Porque era eu"
Arrrhhhh, ja comecei a chorar... puta merda! To no meio do escritorio chorando em pleno horario comercial... =/
Queria tanto ter estado ai, ter ido pra Candinde contigo pagar promessa pro Santo e refazer as juras e rezar de joelhos e comprar terco e santinho pra distribuir p galera e morrer de rir e morrer de chorar de tanto rir e rir das promessas e dos motivos dessas promessas e de como as pagamos e de tantas outras coisas. Queria subir a pe a ladeira enooorme pra ver a imagem do Santo. Assistir a primeira missa naquela igreja linda e que ja deve estar com a reforma concluida, acender aquela vela no pe do altar, comer buxada de bode e tomar uma cerveja estupidamente gelada no boteco em frente a pracinha...
Sigo agradecendo, agradecendo e pedindo clemencia. Peco sempre pela saude dos nossos pais, por juizo pros nossos irmaos, por prosperidade pros que sao da terrinha, por sabedoria e discernimento e por forca, muita forca pra aguentar a saudade, mesmo sabendo que por mais que demore eu sempre voltarei. E rezo mais ainda pra que a distante nao me afaste dos meus amigos, nem da minha origem e nem de tudo que eu considero de valor... e pra que as minhas lembrancas nunca caiam no esquecimento. E principalmente, pra que a chuva e a fartura que ela traz nao me faca esquecer dos tempos de seca e de mansidao que me foram peculiar.
Enfim, como diria Fagner: "na despedida fez um dia lindo, quem sabe tudo estara sorrindo quando eu voltar..."